14 de maio de 2010

Mana

Encontrei uma preta
Que estava a chorar
Pedi-lhe uma lágrima
Para analizar
Recolhi a lágrima
Com todo o cuidado
Num tubo de ensaio
Bem esterilizado
Olhaei-a de um lado,
Do outro e de frente:
Tinha um ar de gota
Muito transparente
Mandei vir os ácidos,
As bases e os sais
As drogas usadas
Em casos que tais
Ensaiei a frio,
Exprimentei ao lume
De todas as vezes
Deu-me o que é costume
Nem sinais de negro
Nem vestigios de ódio
Água (quase tudo)
E cloreto de sódio
Porque amo a minha IRMÃ PRETA (e digo preta com todo o orgulho!) Cláudia Monteiro#

Sem comentários:

Enviar um comentário